segunda-feira, 8 de março de 2021

Exposição digital - Para uma História do Género - Dia Internacional da Mulher

E@D - Cidadania e Desenvolvimento

O Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres provenientes dos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos nesse sentido mostramos alguns trabalhos realizados pelos nossos alunos sobre o papel imortantissimo que algumas mulheres tiveram na sociedade do seu tempo.

Feliz dia da Mulher!!!


"Dada a conjuntura que atravessamos, tomo a liberdade de expor - como se de uma exposição se tratasse, mas em tom digital - três dos trabalhos elaborados pelo 9.ºA, a Cidadania e Desenvolvimento, e subordinados ao tema do título.
Vivemos num tempo de conquistas, mas, concomitantemente de retrocessos. Ignorar os caminhos trilhados por figuras, mesmo que longínquas preteritamente, é sinónimo de ofusco e de desvalorização para com a civilização, a sociedade e o "eu". Nesse sentido, trazer a lume a biografia de algumas mulheres que marcaram a sua época, foi um repto. Mulheres que quiseram romper com o estigma do "tradicional feminino", optando pelo livre arbítrio, pela autodeterminação e pela resistência. Mulheres que precisam de ser recordadas porque desafiaram as sociedades do seu tempo, provocando, a longo prazo, ruturas num sistema patriarcal que, pese ser obsoleto, ainda perdura. Se, por um lado, temos Cristina da Suécia, uma rainha que admitiu, em pleno século XVII, as suas preferências sexuais, não as escondendo, enfrentando os súbditos, por outro, temos Erzebeth Bathóry, a lendária condessa sangrenta (que também viveu no século XVII) e que tem marcado passo na História enquanto mulher leviana e sádica, pois que desfrutava da morte de jovens mulheres virgens para se banhar no seu sangue, tentando manter a sua juventude eterna. Alvo de injúrias masculinas, por recusar ter homem que a controlasse, acabou presa na teia do poder patriarcal. O mesmo se poderá afirmar da imperatriz Valéria Messalina, mulher do imperador romano Cláudio (século I e.c.), e cujo nome se encontra associado, no imaginário coletivo, à prosmicuidade e ao excesso. Numa sociedade conservadora como a romana, as mulheres estavam, grosso modo, ostracizadas à esfera doméstica. Porém, Messalina, como outras suas contemporâneas, serviu-se de um dos mais poderosos instrumentos femininos para alcançar e controlar o poder do império - o sexo. Terminaria denegrida, ainda em vida, e séculos após a sua morte - tal como Cleópatra VII Filópator, a última grande soberana do Egito Ptolemaico - pelo mundo dos homens. Mais mulheres existem e que merecem ser recordadas por idênticos motivos: a luta contra o poder patriarcal baseado numa diferença de género. Por agora, exponho-vos as três mencionadas e da autoria da Natália, Leonardo e Sónia, que estão de parabéns, pelas pesquisas realizadas e pelos conhecimentos que trouxeram à turma.
Professor Ricardo"






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